“ Toda doença é também o veículo de um pedido de amor e de atenção ” (Balint). Pensar nisso pode fazer diferença!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Como acontece a obesidade?


Como acontece a obesidade?
 
O principal mecanismo da obesidade é um desequilíbrio entre a formação e a destruição de células adiposas (de gordura) no organismo. Todas as calorias que comemos pode ser transformadas e armazenadas sob a forma de células adiposas e, o que gastamos (gasto calórico), favorece a destruição destas células. Portanto, a obesidade em si não significa, obrigatoriamente, que a pessoa coma muito, significa também, que ela gasta pouco do que come. Quando o aspecto ganho e perda a obesidade pode ser classificada em obesidade por hiperfagia (come muito) e Obesidade por Gasto Ineficiente, como vimos acima.
Assim sendo, comumente a obesidade é causada por um desbalanço, entre as calorias que são ingeridas, sob a forma de alimentos, e as calorias que são gastas pelo indivíduo para seu organismo funcionar. O excesso de calorias, conseqüência do balanço positivo (sobra) entre o que é consumido e o que é gasto, acaba sendo armazena, mais obeso é o indivíduo.
Normalmente a pessoa torna-se obesa em duas circunstâncias; ou porque come exageradamente, amis do que precisa, e/ou porque gasta poucas calorias. De forma patológica (não normalmente) pode tornar-se obeso por ter mais facilidade de produzir gordura, "queimando" gorduras com menor facilidade. Mais de 95% dos obesos estão entre as duas possibilidades consideradas normalmente, mesmo que algumas insistam em dizer que não comem quase nada.
Quando a pessoa consome mais calorias do que gasta, a energia fica acumulada no organismo e ela engorda. Caso gaste a mesma quantidade que consome, o peso fica mantido, e se gastar mais calorias do que ingere, emagrece. Mas a quantidade de calorias que uma pessoa necessita varia de acordo com a idade, o sexo e a atividade física.Saber do mecanismo envolvido na obesidade é fundamental para o tratamento adequado do paciente. Vale a pena lembrar que o que mais engorda, ao contrário do que se pensa, não é o açúcar, mas as gorduras. Para se Ter uma idéia, é bom lembrar que 1 grama de gordura tem 9 calorias, enquanto 1 grama de açúcar tem 4 calorias. A maioria dos alimentos que engordam e são irresistíveis ao paladar contem os dois componentes, como o chocolate, as massas, sorvetes, etc.
Em nossa opinião, a obesidade comporta um duplo enfoque; um enfoque antropométrico e fisiopatológico e outro enfoque psicodinâmico. Se você acredita que a qualidade de vida não pode se basear apenas na quantidade de dias vividos, então entenderá o que queremos dizer com enfoque psicodinâmico da questão obesidade.
Psicodinamicamente, seria correto considerar-se obesa toda pessoa insatisfeita com seu próprio corpo por ter seu peso acima do ideal antropométrico. O parâmetro “antropométrico” é indispensável na definição para excluirmos, das pessoas psicodinamicamente obesas, aquelas portadoras de anorexia nervosa e que se acham gordas, sem o estarem de fato.
Ainda psicodinamicamente ou emocionalmente, peso ideal seria aquele onde a pessoa está se sentindo bem, quando se olha no espelho e se gosta, quando se acha linda, não importando o número que a balança está marcando.
Academicamente (antropometricamente), entretanto, a obesidade pode ser definida como quantidade percentual aumentada de gordura corporal, sendo que a partir deste critério é obesa uma pessoa que possua mais de 30% de gordura em sua composição corporal total e um homem com mais de 25% de gordura corpórea em relação à massa magra.
A obesidade é uma síndrome com várias causas, caracterizada por um excesso de tecido gorduroso e pode ser classificada em várias modalidades. Há várias maneiras de saber se a pessoa é ou não gorda, ou seja, de se classificar a obesidade. A maneira mais simples e comum de classificar a obesidade é pelo peso. Na realidade nem sempre o pesado é gordo, já que a musculatura pesa mais que o tecido gorduroso, e uma pessoa musculosa não costuma ser gorda.
Desde 1958, depois da famosa frase do economista John Kenneth Gailbraith, afirmando que "nos Estados Unidos da América morrem mais pessoas por excesso que por falta de comida", o tratamento da obesidade deixou de ser uma questão simplesmente estética e passou a ser uma questão de saúde pública e pessoal.
O Índice de Massa Corpórea (IMC) é o mais utilizado na prática. Tem boa correlação com a percentagem de gordura corporal. No entanto, perde a confiabilidade em atletas com grande massa muscular.
A meta de se atingir um bom peso passou a exigir mudanças no habito alimentar, na prática do condicionamento físico e na atenção à saúde psíquica. Um peso mais proporcional passou a ter forte relação com o desenvolvimento, amadurecimento e envelhecimento mais saudáveis.
Fonte: Ballone GJ - Obesidade, in PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2005 

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