“ Toda doença é também o veículo de um pedido de amor e de atenção ” (Balint). Pensar nisso pode fazer diferença!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Pensando em ÉTICA MÉDICA


Dica de Leitura para se aprofundar no assunto Ética Médica suas discussões e História: Neves, Nedy Cerqueira. Ética para os futuros médicos: é possível ensinar?
Brasília : Conselho Federal de Medicina, 2006. (1)

Algumas definições básicas:

Ética é o estudo do comportamento humano visando à sua valoração. Rosas 2000 aborda a ética como a preocupação humana em reconhecer o bem e o mal, assim como defini-lo para melhor convivência societária. Esta necessidade de respeito mútuo permite melhor inter-relação entre os indivíduos. Por isso, busca-se impor limites legais e punições para atos considerados incorretos não só para a sociedade, mas também para a regulamentação profissional - com isso estabeleceu se os princípios da regulamentação profissional da Medicina, baseados num Código de Ética Médica. Ver Histórico na citação (1)

A Ética médica

Disciplina que avalia os méritos, riscos e preocupações sociais das atividades no campo da Medicina, levando em consideração a moral vigente em determinado tempo e local. No Brasil, as normas que determinam a ética profissional estão no Código de Ética Médica determinado pelo Conselho Federal de Medicina. Seis princípios são geralmente considerados fundamentais na ética médica: Beneficência - o profissional deve agir no melhor interesse ..do paciente (Salus aegroti suprema lex.). Não-maleficência - "primeiro, não causar mal" (primum non nocere). Autonomia - o paciente tem o direito de recusar ou escolher seu tratamento (Voluntas aegroti suprema lex.). Justiça - em relação à distribuição de recursos escassos. Dignidade - o paciente (e o profissional que o trata) tem direito a dignidade. Veracidade e honestidade - não deve-se mentir ao paciente, que merece conhecer toda a verdade sobre sua doença e tratamento. Exemplo de discussão que remete ao campo da Ética Médica
Estudo da Sífilis Não-Tratada de Tuskegee:
O Estudo da Sífilis Não-Tratada de Tuskegee foi um ensaio clínico levado a cabo pelo Serviço Público de Saúde dos Estados Unidos (SPS) em Tuskegee, Alabama entre 1932 e 1972, no qual 399 sifilíticos afro-americanos pobres e analfabetos, e mais 201 indivíduos saudáveis para comparação, foram usados como cobaias na observação da progressão natural da sífilis sem medicamentos. Os doentes envolvidos não foram informados do seu diagnóstico nem deram consentimento informado, tendo-lhes sido dito que tinham "mau sangue" e que se participassem receberiam tratamento médico gratuito, transporte para a clínica, refeições e a cobertura das despesas de funeral. Quando o estudo chegou ao fim, apenas 74 dos pacientes da que participavam da experiência estavam vivos; 25 tinham morrido directamente de sífilis; 100 morreram de complicações relacionadas com a doença; 40 das esposas dos pacientes tinham sido infectadas; e 19 das suas crianças tinham nascido com sífilis congénita. A denúncia do caso à imprensa por um membro da equipa ditou o fim do estudo. Como repercussão deste caso, vários institutos de ética médica e humana foram criados. Foram, também, criados programas governamentais e atribuídas indemnizações para os descendentes e alguns sobreviventes da experiência.

Keila Martins


Pesquisa em trabalhos científicos, wikipedia entre outras fontes.

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